Suplementação Paraprobiótica com MAMPs

por Instituto Hi-Nutrition / 9 Novembro 2017 / Estudo Científico
Os probióticos, definidos como microrganismos vivos benéficos, podem alterar a composição da microbiota do intestino hospedeiro, e seus efeitos da promoção da saúde já foram estudados e colocados em prática em todo o mundo. Porém, uma quantidade considerável de dados também revelou funções biogênicas e “paraprobióticas”, indicando que as células microbianas não viáveis, as frações microbianas ou os lisados celulares podem auxiliar na saúde humana.

Estes materiais não viáveis de origem microbiana ou paraprobióticos apresentam vantagens notáveis em relação aos probióticos para o desenvolvimento de produtos seguros e mais estáveis, com uma vida útil maior (Sugawaraet al., 2016).

Paraprobióticos – Efeitos no Sistema Imunológico 

A comunicação entre o hospedeiro e as bactérias intestinais/probióticos baseia-se principalmente na capacidade das células reconhecerem componentes ou produtos bacterianos específicos, dando origem a respostas que envolvem mais frequentemente o tecido linfático associado à mucosa (MALT) e, portanto, o sistema imune (Tavernitiet al., 2013).

Especificamente, os componentes da superfície celular das bactérias comensais ou probióticas, conhecidas como padrões moleculares associados a microrganismos (MAMPs), podem interagir com Receptores de Reconhecimento de Padrões (PRRs) tais como receptoresToll-like (TLRs) resultando na ativação de respostas imunes.

Os PRRs expressos nas células do hospedeiro, como células epiteliais intestinais (IECs) e células dendríticas (DCs) no trato gastrointestinal parecem ser especialmente cruciais para as interações probiótico-hospedeiro.

A interação entre um MAMP e um PRR em células hospedeiras resulta na indução de cascatas de sinalização que montam uma resposta molecular. Esta resposta pode incluir a produção de citocinas pró ou anti-inflamatórias,quimiocinas, moléculas antimicrobianas e fatores citoprotetores.

Muitos MAMPs são moléculas localizadas na superfície, como lipopolissacarídeos que interagem com TLR4/MD2, flagelina e com TLR5 (Claeset al., 2012; Tavernitiet al., 2013).

Lactobacillus gasserina

Lactobacillus gasseri é uma bactéria ácido láctica, estudada por seus efeitos benéficos na manutenção e promoção da saúde. Uma série de estudos sobre cepas que aliviam o estresse e melhoram a qualidade do sono e da função intestinal tem sido conduzida usando células viáveis e não viáveis. Em um estudo prévio, a administração de bactérias ácido lácticas em voluntários saudáveis melhorou a microbiota das fezes e reduziu o nível de produtos putrefativos fecais (Sugawaraet al., 2016).

  • Estudo Clínico 1 – Suplementação Promove Melhora da Função Intestinal em Pacientes Saudáveis  

O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos de paraprobióticos viáveisna regulação de células que regulam a função intestinal (Sugawaraet al., 2016).
Foram incluídos 118 pacientes saudáveis com frequência de evacuação relativamente baixa ou alta que receberam: grupo 1 Lactobacillus gasseri 1x1010 Dose Diária e grupo 2 placebo.
Os participantes responderam questionários e análises das fezes foram feitas.

Resultados

O número de evacuações e os escores de odores fecais melhoraram significativamente no grupo 1 em comparação ao placebo;
Em relação ao conteúdo fecal dos metabólitos microbianos, o nível de p-cresol foi significativamente diminuído no grupo 1 em relação ao placebo;
O conteúdo de Bifidobacterium intestinal aumentou significativamente no grupo paraprobiótico comparado ao placebo, enquanto que o conteúdo de Clostridium cluster IV diminuiu significativamente;
A atividade do nervo parassimpático do sistema nervoso autônomo tornou-se dominante e o poder total da atividade autonômica foi elevado com os paraprobióticos.

Conclusão

De acordo com os resultados, os pesquisadores concluíram que a ingestão contínua de paraprobióticos claramente afeta a funcionalidade intestinal.

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